Autismo
O que é?
Nos dias de hoje, o autismo é referido como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), nomenclatura que indica uma ampla variação na sintomatologia e graus de dificuldades ou habilidades.
Autismo ou Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento, esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade de comunicação social, comportamentos repetitivos, interesses restritos e processamento sensorial diferenciado.
Há evidências de que esta diferença neurológica esteja presente desde antes do nascimento, e muitas vezes são detectáveis apenas a partir de 12 meses de idade. Os sinais geralmente desenvolvem-se gradualmente, mas algumas crianças com autismo alcançam o marco de desenvolvimento em um ritmo normal e depois regridem.
Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.
O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo. Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender. Esse transtorno não possui cura e suas causas ainda são incertas, porém ele pode ser trabalhado, reabilitado, modificado e tratado para que, assim, o paciente possa se adequar ao convívio social e às atividades acadêmicas o melhor possível.
Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes. Assim, essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se na presença de determinados padrões de comportamento.
Uma vez identificado sinais de autismo ou mesmo estabelecido o diagnóstico (precoce), a intervenção é fundamental para a aquisição dos repertórios de comunicação, socialização, autonomia e capacidade motora, fundamentais para o desenvolvimento da criança.
Os sintomas evidentes começam gradualmente após a idade de seis meses, mas geralmente estabelecem-se entre os dois ou três anos e tendem a continuar até a idade adulta, embora muitas vezes de forma mais moderada. Destaca-se não por um único sintoma, mas por vários.
Hoje, com a evolução gradativa da genética e dos avanços neurocientíficos e neuropsicológicos, os resultados de diversas investigações sobre o Autismo relatam que o transtorno possui associações com mutações genéticas, síndromes, doenças metabólicas, epilepsias e demais transtornos de desenvolvimento.
Estudos recentes indicam também que o autismo não é regido apenas por causas genéticas. A suposição é que fatores ambientais que tenham impacto no desenvolvimento do feto, como stress, infecções, exposição a substâncias químicas tóxicas, complicações durante a gravidez, desequilíbrios metabólicos podem levar ao desenvolvimento do autismo, estima-se que esses fatores podem superar os genéticos, representando mais de 50% dos casos.
Associação com outras comorbidades
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Sensibilidade sensorial aguçada: visão, audição, olfato, tato e paladar – que podem ser mais ou menos intensificados;
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Associação com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção;
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Podem desenvolver problemas de saúde física;
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Podem apresentar outras condições como transtorno de déficit de Atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia;
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Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão.
Tratamento
Os principais objetivos no tratamento de crianças com autismo são:
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Estimular o desenvolvimento social e comunicativo;
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Aprimorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas;
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Diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado e com o acesso às oportunidades de experiências do cotidiano.
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